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Queda B3 | Semana inicia com Ibovespa em baixa | dólar em alta
Queda B3: Semana inicia com Ibovespa em baixa e dólar em alta
A semana começou com um cenário econômico turbulento, seguindo o mesmo ritmo da anterior, marcado pela queda do Ibovespa e a alta do dólar. Esse ciclo de oscilações na economia brasileira levanta uma série de questões sobre o rumo que o país está tomando em termos de política fiscal, especialmente diante de desafios globais e locais que afetam diretamente o mercado financeiro. Vamos mergulhar nesse cenário e entender melhor os impactos.
Acompanhar o que acontece nos mercados financeiros é crucial para quem investe ou para quem simplesmente busca entender os movimentos da economia. Hoje, abordaremos as principais oscilações da B3, o impacto da alta do dólar, as mudanças no cenário de juros futuros e como essas variáveis estão interligadas com a política fiscal brasileira.
Cinco pregões consecutivos no vermelho
O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou seu quinto pregão consecutivo em queda nesta segunda-feira, com baixa de 0,38%, atingindo 130.568,37 pontos. Esse resultado representa uma perda de 497,07 pontos em relação ao fechamento anterior, levando o índice ao nível mais baixo desde 8 de agosto, quando fechou em 128.660,88 pontos.
As quedas consecutivas do Ibovespa indicam que o mercado está cada vez mais cauteloso, influenciado pela percepção de que o cenário fiscal brasileiro não está no caminho ideal. De acordo com Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais, o governo apresentou em seu último Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias uma previsão de déficit de R$ 28,4 bilhões, apesar de uma melhora na arrecadação prevista para 2024. Além disso, foi necessária uma ampliação de R$ 2,1 bilhões no bloqueio de verbas para cumprir o limite de gastos deste ano.
Essa perspectiva negativa vem contaminando o mercado, como aponta Matheus Spiess, analista da Empiricus Research. Segundo ele, o contingenciamento anunciado foi frustrante, e o relatório transmitiu a sensação de uma certa falta de responsabilidade por parte do governo.
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Dólar em alta: consequências e impactos no mercado
Enquanto o Ibovespa cai, o dólar comercial registrou nova alta, subindo 0,25%, encerrando o dia a R$ 5,53. Esse foi o segundo dia consecutivo de alta da moeda, que havia interrompido, na sexta-feira, uma sequência de sete sessões em queda.
A alta do dólar tem impactos diretos sobre diversos setores da economia. O aumento da moeda norte-americana encarece importações, pressiona a inflação e afeta o poder de compra da população. Para os investidores, a valorização do dólar pode significar uma fuga para ativos de menor risco, enquanto para as empresas exportadoras, esse movimento pode ser visto como positivo, ao aumentar as receitas em moeda estrangeira.
Ainda assim, o cenário permanece incerto. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, criticou a reação negativa do mercado e afirmou que o governo está trabalhando para ajustar as contas e cumprir as metas fiscais. Para ele, a situação fiscal está dentro do esperado e, em algumas áreas, até superando as expectativas.
Juros futuros em alta: a expectativa do mercado
Outro ponto que merece atenção é a movimentação dos juros futuros (DIs), que registraram altas consistentes ao longo de toda a curva. A alta dos juros futuros reflete as expectativas do mercado em relação à condução da política monetária, especialmente no que diz respeito ao controle da inflação e ao cumprimento das metas fiscais.
Com a alta dos juros, há uma maior pressão sobre os setores mais sensíveis ao crédito, como o varejo e a construção civil. Ao mesmo tempo, a elevação da taxa básica de juros também encarece o custo da dívida, o que pode levar a uma desaceleração da atividade econômica.
Governo e mercado: visões opostas sobre o cenário fiscal
A reação negativa do mercado em relação ao cenário fiscal brasileiro contrasta com a visão otimista do governo. Enquanto o mercado enxerga incertezas e falta de responsabilidade nas decisões fiscais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que o Brasil está no caminho certo para cumprir a meta fiscal deste ano. Em um evento em Nova York, Haddad destacou que o país está em uma trajetória de melhora contínua, com expectativas de inflação cada vez mais controladas e uma possível elevação do grau de investimento pelas agências de risco.
Essa divergência de visões entre governo e mercado é um dos principais fatores que influenciam a volatilidade dos ativos financeiros. Enquanto o governo acredita que está tomando as medidas necessárias para garantir a sustentabilidade fiscal, o mercado permanece cético, aguardando mais sinais concretos de que o país conseguirá equilibrar suas contas públicas.
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Vale e Petrobras: grandes forças do Ibovespa resistem
Mesmo com o índice em queda, duas das principais ações da B3, Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), conseguiram fechar o dia em alta. A Vale subiu 0,31%, mesmo com o preço do minério de ferro atingindo sua mínima em um ano. A empresa foi impulsionada pelas expectativas em torno do processo de sucessão em sua liderança, o que trouxe um clima de otimismo entre os investidores.
Já a Petrobras registrou uma alta de 1,02%, apesar da queda nos preços internacionais do petróleo. O recuo nas commodities foi motivado pela divulgação dos índices de atividade econômica (PMIs), que mostraram contração nos principais países da Europa e nos Estados Unidos. Mesmo assim, a Petrobras se manteve resiliente, impulsionada por fatores internos e pela confiança de que a companhia seguirá entregando bons resultados, mesmo em um cenário de volatilidade.
Setor bancário e varejo pressionam o índice
Apesar da alta de algumas blue chips, o Ibovespa sofreu com o desempenho negativo de outros setores importantes, como o bancário e o de varejo. Entre os bancos, o Bradesco (BBDC4) recuou 2,58%, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) caiu 0,36%. A B3 (B3SA3), por sua vez, foi a ação mais negociada do dia, com uma queda expressiva de 3,45%.
O setor de varejo também contribuiu para o desempenho negativo do índice. As ações da Lojas Renner (LREN3) caíram 1,83%, enquanto a Magazine Luiza (MGLU3) registrou uma queda de 3,19%. Essas quedas refletem o impacto das incertezas econômicas e das expectativas de alta nos juros, que afetam diretamente o consumo e o crédito no país.
Mineração e siderurgia em queda: revisão das projeções
O setor de mineração e siderurgia também foi duramente atingido nesta segunda-feira. O JPMorgan revisou suas projeções para as empresas do setor, cortando as estimativas para a Usiminas (USIM5), que viu suas ações derreterem 4,76% no pregão. Essa revisão reflete a expectativa de um cenário mais desafiador para as commodities, especialmente diante da desaceleração econômica global e da queda nos preços do minério de ferro.
Expectativas para a semana: Copom, IPCA-15 e PIB dos EUA
A semana promete ser agitada, com uma série de indicadores importantes no radar dos investidores. Na terça-feira, será divulgada a ata da última reunião do Copom, que pode trazer mais detalhes sobre a visão do Banco Central em relação à política monetária e ao cenário econômico.
Na quarta-feira, o Brasil conhecerá o IPCA-15 de setembro, um importante indicador de inflação, enquanto na quinta-feira será divulgada a inflação ao produtor de agosto. Na sexta-feira, os dados da taxa de desemprego serão divulgados, trazendo mais informações sobre o mercado de trabalho.
Nos Estados Unidos, a semana também será movimentada, com a divulgação do PIB do 2T24 na quinta-feira e a inflação de gastos pessoais (PCE) na sexta-feira. Além disso, o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), na quinta-feira, será acompanhado de perto pelos mercados.
Conclusão: uma semana de desafios e oportunidades
O cenário econômico brasileiro segue desafiador, com o Ibovespa em queda, o dólar em alta e o mercado financeiro cada vez mais cético em relação à condução da política fiscal. No entanto, a volatilidade do mercado também abre oportunidades para investidores atentos às movimentações de curto e longo prazo.
As incertezas fiscais, aliadas ao cenário externo de desaceleração econômica, exigem cautela, mas também podem proporcionar ganhos significativos para aqueles que souberem identificar os setores e ativos mais resilientes nesse ambiente de turbulência.
Com uma semana repleta de indicadores e eventos importantes, o investidor deve estar preparado para mais volatilidade, mas também atento às oportunidades que surgirão no caminho.
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